Quem já não conhece a origem do cobogó, poderia facilmente pensar que este nome possuiria alguma origem indígena. ou talvez, sabendo que o cobogó surgiu no nordeste, mais precisamente em recife, poderia ainda imaginar que a palavra tivesse origem na cultura africana. porém, na verdade, não.
Esses charmosos blocos vazados, que hoje tomam forma a partir dos mais variados materiais, foram inspirados em elementos da arquitetura árabe e assim batizados pelos seus criadores, a partir de suas iniciais: amadeu oliveira coimbra, ernest august boeckmann e antônio de góes.
O mais interessante, é como surgiu a ideia: na elaboração de um projeto para regiões quentes e úmidas, é preciso levar em consideração a incidência de luz solar e a ventilação. pensando nessas necessidades, eles criaram o cobogó que, além de ter função decorativa, também auxilia nesses dois quesitos. multifunção aliada a uma beleza sem igual.
Um dos primeiros projetos de arquitetura onde os cobogós foram usados foi na caixa d’água de olinda. projetado por luiz nunes em 1934, esse edifício é considerado um marco da arquitetura moderna com seus 20 metros de altura. os cobogós dão permeabilidade à fachada monolítica do prédio que hoje é um mirante e fornece uma vista de 360 graus de olinda e recife.
As vantagens e desvantagens do cobogó
Os engenheiros brasileiros ficaram muito satisfeitos quando perceberam que, de fato, os cobogós ajudavam as casas nordestinas a ficarem mais frescas. além disso, o material valorizava os ambientes. só que havia um problema: os módulos não suportavam cargas, ou seja, eles não têm função estrutural.
Acontece que o cobogó é um material muito frágil. uma parede feita com até 1,80m não precisa ser fixada no chão ou receber algum tipo de reforço, seu próprio peso já é suficiente para fazer o sistema ficar firme.
Agora, para uma estrutura maior, indica-se a utilização de uma barra de metal afixada a cada duas fileiras. mesmo assim, o conjunto jamais deverá ser usado como base de apoio. cobogós sobrecarregados podem apresentar fissuras nas juntas. consequentemente, o não rejuntamento pode comprometer a estanqueidade do elemento construído e aumentar outra de suas desvantagens, a ausência de vedação acústica.
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